Olá mamães!
Como eu faço todos os anos, o meu post de dia das mães eu publico após a data, pois a minha intenção é lembrá-las que o nosso dia não é apenas uma data comercial e não devemos ser homenageadas somente uma vez no ano. Devemos lembrar como somos especiais todos os dias. Afinal, nosso esforço é diário, é contante e sem folga para descanso e é preciso valorizar isso! O post de hoje é sobre o presente que toda mãe deseja.
Esse ano eu não escrevi um post romântico, esse ano eu escrevi um relato do meu dia, dos meus sentimentos com a intenção de causar reflexões sinceras e positivas sobre nós mesmas, sobre nossas culpas, sobre o nosso papel como mãe e como mulher.
Existem coisas na vida que realmente valem muito mais do que ouro e algumas dessas coisas a gente só conhece depois que se torna mãe. Nenhum presente material é capaz de proporcionar a felicidade e a alegria que um filho é capaz dar a uma mãe. Nada se compara a aquele beijo cheio de amor puro e sincero, aquele abraço apertado, aquele olhar brilhando quando chegamos e logo depois aquela palavra linda: “mamãeeeee!”.
Esse ano o meu dia das mães foi o mais especial que eu já vivi e eu gostaria de compartilhar isso com vocês. Já adianto que eu não ganhei café na cama, eu não ganhei uma festa surpresa, eu não ganhei o presente mais caro, eu não ganhei um dia de rainha, mas eu ganhei coisas tão especiais que dificilmente outro dia irá se comparar a esse. Ganhei o presente que toda mãe deseja.
Em primeiro lugar esse ano foi a primeira vez que Francisco conseguiu expressar em palavras e gestos uma homenagem a alguém especial. Para outras mães de crianças (típicas) de quase 4 anos isso é absolutamente normal, mas para mim, FOI UMA DAS COISAS MAIS INCRÍVEIS que aconteceu nos últimos anos.
Sexta-feira Francisco chegou da escola extremamente feliz, empolgado e quando me viu gritouuu: “mamãeeeee”. Ele estava com esse coração da foto pendurado no pescoço, apontou o dedo para o coração e disse: “Te ano(amo) mamãe”, me deu um abraço muito forte e me fez carinho. Me entregou a coroa e disse “pincesa”, depois me deu o desenho (essa boneca) e disse “mamãe Aaana”. Eu posso viver 1000 anos que eu não esquecerei desse momento! Vocês não imaginam o que é ouvir isso, considerando que no ano passado ele nem falava mamãe e esse ano ele está falando praticamente tudo.
Em segundo lugar, domingo acordei com Antônio me beijando e falando “bom dia mamãe” e pedindo “abaço mamãe, abaço”, em seguida ele deitou em cima de mim e me deu vários beijos! Depois, recebi uma carta linda do papai, daquelas que te fazem se sentir a pessoa mais especial do mundo, de terminar de ler com um nó na garganta. E ainda ganhei um presente (material) dos meus 3 meninos. O que eles não imaginam é que o presente (material) nesse dia todo foi a menor coisa que eu ganhei. No meu coração eu já havia recebido muito mais do que esperava. Já havia ganhado presente que toda mãe deseja. Nada material seria capaz de superar o que o eles já haviam me dado através de sentimentos.
E mal sabem eles que na noite anterior eu estava me sentindo uma péssima mãe, por ter menos tempo do que eu gostaria, por não cuidar exclusivamente deles, por muitas vezes ter que pedir para eles esperarem para ganhar a minha atenção por precisar resolver alguns problemas de trabalho. Por algumas vezes desejar ficar um pouco sozinha ou me sentir tão cansada a ponto de só desejar descansar. Por algumas vezes não conseguir me concentrar em algumas brincadeiras devido a tantas preocupações na cabeça. Por tantas coisas pequenas, coisas que na verdade são parte da vida de qualquer ser humano. Por não ser perfeita, por escolher trabalhar, por escolher ter e dar a eles uma vida digna, por ser mulher além de mãe. Culpas tão vazias que se tornaram minúsculas.
Mais tarde meu pai me ligou e me disse: “filha eu tenho tanto orgulho de você, eu nunca imaginei que você seria uma mãe tão boa. Você educa os meninos tão bem, você da amor, carinho, mas você diz não quando precisa. Você faz qualquer coisa por eles, cuida deles como uma leoa. Os meninos são tão educados, tão diferentes. Você é uma mãe de verdade, que se importa, não como muitas que tanto faz, aliás, o segredo para ser uma boa mãe é isso, se importar e não simplesmente fazer qualquer coisa. O que você faz pelo Francisco é diferente de tudo, você não trata ele como qualquer outro, você ajuda, muda, entende ele. Te admiro tanto” (minha mãe gritou do fundo: “se eu tivesse sido como você, hoje você seria melhor ainda e riu hehe”). Enfim, ouvir meu pai falando essas coisas mexeu muito comigo. Eu comecei a refletir sobre tantas coisas, sobre tudo que eu faço, sobre tudo que eu penso, no fim, é sempre pelos meninos.
Agora depois de todo esse dia eu consegui concluir algumas coisas: eu realmente sou uma boa mãe, mas eu preciso aprender a relaxar mais (fiz isso hoje e foi o dia perfeito). Pensei menos, me preocupei menor, deixei os problemas fora de casa, me mantive organizada, mas sem neuroses. Quanto mais eu me preocupo, mais os meninos sentem e buscam a minha atenção, isso não é bom para eles e nem para mim. Eu não preciso ser perfeita, preciso apenas ser eu. Afinal, as pessoas que eu mais amo no mundo me amam pelo que EU SOU e não pelo que eu acho que deveria ser.
No final, o mais engraçado é que hoje foi um dia comum (limpei, cozinhei, dei comida, dei banho, organizei, brinquei) e se alguém de fora visse, diria: “nada de especial para um dia das mães”, mas para mim foi um dos dias mais reflexivos, especiais e importantes dos meus últimos anos. E com certeza foram as pessoas tão incríveis que convivem comigo, que mesmo sem querer (com a maior simplicidade) fizeram o meu dia ser perfeito. E claro, graças a minha capacidade de perceber a beleza e a riqueza da vida nos mínimos detalhes (afinal, é exatamente ai que mora a felicidade!).
Feliz dia das mães a todas vocês guerreiras, rainhas de um lar, mães maravilhosas, mães especiais! Nunca esqueçam que vocês merecem todo o amor desse mundo! Você merecem o presente que toda mãe deseja!
Até mais!
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