Mães não são perfeitas!

Não canso de ler e ler e cansar de ler milhões de regras de como uma mãe deveria agir, ser ou fazer. Sempre existe alguém pronto para ditar o que é certo e o que é errado. A cada dia surgem novos estudos e novas fórmulas mágicas de como criar filhos mais inteligentes, mais fortes, mais criativos, mais saudáveis e sabe de uma coisa? Isso (me desculpem o termo) “ECHE O SACO”!

A sensação que eu tenho é de que o mundo está buscando mães e filhos perfeitos e então, eu me pergunto: existe perfeição? Será que não são apenas pontos de vista diferentes ou personalidades diferentes? Enfim, pessoas diferentes criando seus filhos a seus modos?

Uma das coisas mais óbvias que existe é que a nossa personalidade e “o nosso jeito particular de ser” refletem de alguma forma na mãe que nos tornamos, é natural, é da nossa natureza! Não podemos mudar quem nós somos apenas porque nos tornamos mães!

Eu sou aquela mãe meio neurótica, meio mandona e cheia de regras (comigo mesma) .

Eu sou aquela mãe que se sente culpada por não ter feito um almoço perfeito no meio da correria.

Eu sou aquela mãe real, meio contraditória, que durante o dia come legumes e verduras com o filho e a noite se “entope” de chocolate.

Eu sou aquela mãe que depois que o filho dorme fica olhando as 50 fotos que tirou dele durante o dia e sente muita saudade, mesmo depois de ter passado o dia todo juntinho.

Eu sou aquela mãe que fica a noite toda acordada durante os dias de febre ou dorme e acorda a cada minuto para ver se a febre voltou.

Eu sou aquela mãe que faz coleção de pratinhos, colheres e copinhos.

Eu sou aquela mãe que às vezes deixa o filho assistir o desenho que ele quiser para ter uns minutinhos de paz.

Eu sou aquela mãe que corre loucamente quando percebe que o filho irá cair, se joga no chão, bate o joelho, mas o segura! E claro, se sente uma leoa por tê-lo salvado!

Eu sou aquela mãe que continua cantando as musiquinhas do seu filho mesmo depois que ele vai dormir (e às vezes “se pega” comendo o final da sua janta).

Eu sou aquela mãe que conta para as outras pessoas cheia de orgulho que o filho conseguiu acertar a bolinha no buraco certo do brinquedo (mesmo sabendo que a maioria não entenderá como isso é incrível!).

Eu sou aquela mãe que sofre pensando que um dia o seu colo não será mais o melhor e mais aconchegante desse mundo.

Eu sou aquela mãe que prefere dar e comprar qualquer coisa para o filho do que para ela mesma (mas, também que adora ganhar presentes!).

Eu sou aquela mãe que às vezes (mesmo que mentalmente) implora por uns minutos de paz, um chá e simplesmente silêncio, mas quando sai sozinha (mesmo que por minutos) sente que algo está faltando.

Eu sou aquela mãe que não consegue imaginar como seria a vida um dia longe do filho e sente toda a responsabilidade do mundo em suas costas, pois sabe que o filho É SEU.

Eu sou aquela mãe que imagina como será a primeira namorada do seu filho, se ela será legal, se ela fará as coisas que ele gosta. Como serão seus amigos? Que faculdade fará? Como será?

Eu sou aquela mãe que sofre, chora e fica muito mal quando lê, ouve ou assiste qualquer história ruim envolvendo bebês.

Eu sou aquela mãe que precisa de elogios, precisa se sentir bonita e valorizada como qualquer mulher.

Eu sou aquela mãe que ri dela mesma, que sai correndo pela casa cantando e pulando com o filho no colo só para ver ele sorrir.

Eu sou aquela mãe que gosta de carinhos e momentos sozinhos com o seu amor.

Eu sou aquela mãe que mesmo dormindo “super pouco” em uma noite no outro dia levanta sorrindo pronta para outra.

Eu sou aquela mãe que se preocupa se o seu filho sentirá frio durante a madrugada e levanta da cama apenas para cobri-lo (mesmo sabendo que ele irá se descobrir em segundos).

Eu sou aquela mãe que ama dormir juntinho.

Eu sou aquela mãe que não liga para as bobagens que as pessoas mal informadas falam: “se der colo vai mimar”, “precisa deixar chorando para aprender”, e outros mil etc.

Eu sou aquela mãe comum, que cuida, que lava, que cria, que faz bagunça, que chora, que cozinha, que ama, que sorri, que ajuda, que esquece, que precisa, que perde a hora, que dá carinho, que levanta cedo, que cansa, que bagunça, que arruma, que gasta, que ganha, que trabalha, que descansa. Enfim, aquela mãe que da a vida pelo seu filho e mesmo imperfeita é a melhor mãe que o seu filho poderia ter!

E como diz a musiquinha “do” Francisco: “somos diferentes, o mundo é assim!”.

 

Até mais!

Deixe um comentário