Devo usar a naninha?
Muitas famílias têm dúvidas sobre a famosa “naninha”, se ela ajuda e realmente faz diferença.
A naninha nada mais é do que um objeto transicional.
Vamos entender: Segundo Winnicott um objeto transicional é algo que a criança se apega e usa para suportar a ausência da mãe. Mas por que isso acontece?
Imagine a situação: Logo que o bebê nasce, ele imediatamente passa a ter necessidades que não existiam enquanto estava na barriga, pois lá tudo era perfeito.
Mas nesse mundo é a mãe que supre a maioria das suas necessidades, tanto de aconchego, frio, fome, ser limpo, comer, dormir.
Então, ele liga a mãe a satisfação dessas necessidades e toda vez que ele precisa de algo ele “chama ela”.
E assim, o bebê vai conhecendo o mundo através do cuidado e do amor da mãe, e aos poucos se sentindo tranquilo fora da barriga.
Quando o bebê percebe que ele e a mãe não são a mesma pessoa. e aprende a lidar com isso, aos poucos ele vai conseguindo se diferenciar dela e explorar os seus próprios limites.
Mas, nesse caminho quando ele percebe inicialmente a ausência da mãe, naturalmente o bebê tende a buscar em um objeto, que represente a mãe, a segurança e o conforto que ele precisa nos momentos de angústia.
Seja na forma de uma fralda, um urso de pelúcia, um travesseiro, isso é particular de cada criança.
Nos primeiros meses ele pode não se apegar a nada, mas você pode sempre deixar algo próximo ao momento de mamar, de dormir para ele ligar essa presença ao conforto.
É importante destacar que não são todas as crianças que sentem essa necessidade e escolhem um objeto transicional.
Não existe certo ou errado
A “naninha” é algo saudável e realmente ajuda a criança a lidar com esse período de ansiedade e ajuda nos momentos de frustração, mas somente quando a criança se apega a ele.
Não é qualquer pelúcia solta na cama que fará isso, o valor e sentido quem dá é o bebê ou a criança.
Muitas crianças se apegam depois do primeiro ano, outras após o segundo, muitas abandonam após os 5 anos e outras depois dos 7 anos.
Isso é muito relativo e depende do desenvolvimento emocional de criança.